Se você não conhece a história de nenhuma das duas e quer saber onde elas se cruzam, este artigo vai te mostrar como uma briga de família fez nascer uma das marcas de pratos mais usadas nos dias de hoje.
As discussões sobre qual marca é a melhor, a que tem o melhor som, liga de metal ou timbre são praticamente infinitas. A escolha vai do gosto de cada um, com um timbre mais pesado, um som mais aberto, ou a série que mais se encaixa ao tipo de música que cada um toca. O importante é se sentir confortável e satisfeito com o kit escolhido.
Quando o assunto é sobre Zildjian vs Sabian, muitos dizem ser a mesma coisa, outros que uma é pior, por ser considerada “genérica” outros ainda pensam que a fórmula por ser teoricamente a mesma não oferece diferença.
O objetivo deste artigo é contar a história das duas marcas e não determinar qual seria a melhor. Dito isso, lá vamos nós.
Zildjian
A Zildjian ou Avedis Zildjian Company é uma marca que fabrica além de pratos, outros acessórios para bateria, inclusive baquetas. Avedis Zildjian, seu fundador, era um alquimista armênio, que ao tentar criar ouro, combinando metais comuns, descobriu uma liga de cobre, estanho e prata com qualidades sonoras únicas. Em 1618 , Avedis usou sua liga especial para criar pratos com um som espetacular, o som foi tão encantador que o sultão local o convidou para morar na corte e fazer os pratos de suas bandas de elite.
Com a reputação de Avedis crescendo, o sultão deu-lhe o nome de “Zildjian”. Em turco significa “Zil” (Cymbal, em português, prato), “dj” (artesão ou fabricante) e “ian” (filho de) sendo assim o seu nome passa a ser Avedis “filho do fabricante de prato”.
Em 1623, Avedis deixou o palácio, para então, iniciar seu próprio negócio no subúrbio de Constantinopla, dando assim origem a Avedis Zildjian Company.
Desde então esta “fórmula secreta da Zildjian” têm sido passada de geração em geração para os herdeiros da família. Em 1929, Avedis III, mudou-se para a América, transferindo assim a sede da empresa junto com ele.
A tradição da família era de se passar o segredo apenas para o filho mais velho, porém, Avedis III o passou para seus dois filhos, Armand e Robert.
Por décadas a Zildjian têm sido reconhecida pela qualidade de seus pratos e timbres, sendo usada pelos quatro cantos do mundo por bateristas dos mais diversos estilos.
A lista dos artistas que representam a marca Zildjian utilizando suas melhores séries é muito grande e com nomes mundialmente reconhecidos como: Travis Barker (Blink-182), Matt Brann (Avril Lavigne), Mike Bordin (Faith no More), Rob Bourdon (Linkin Park), Igor Cavalera (Cavalera Conspiracy) e muitos outros.
Sabian
Após brigas familiares e uma disputa judicial, Robert deixou a Zildjian e fazendo uso de todo conhecimento adquirido com a empresa de sua família, deu início a outra marca de fabricação de pratos, a Sabian, que foi fundada em 1981.
Após os processos judiciais Robert ficou com a fábrica canadense, que era responsável por cerca 40% da produção da Zildjian e conduzia toda a fabricação dos pratos da série “K”.
Para a criação do nome SABIAN, Robert usou as primeiras sílabas dos nomes de seus três filhos, Sally, Billy e Andy.
O crescimento da Sabian foi muito rápido, visto que a “fórmula” para a fabricação dos pratos já vinha de sua família e também por Robert carregar o sobrenome Zildjian, o que lhe assegurava certa credibilidade, conquistando assim um enorme mercado ao redor do mundo e grandes nomes de bateristas para representarem sua marca.
Os nomes que circulam na lista de artistas que representam a Sabian são grandes referências para a música, como Sean Kinney (Alice in Chains), Dave Weckl (Dave Weckl Band), Mike Portnoy (Ex-Dream Theater), Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers), Neil Peart (Rush), Terry Bozzio (Frank Zappa), Tony Royster Jr. (Jay-Z), e muitos outros grandes bateristas não citados aqui.
Bônus
Este vídeo publicado no canal do Youtube do site Batera Clube conta um pouco sobre a história da Zildjian Cymbals e mostra um incrível tour pela fábrica.
E você, o que acha sobre as duas marcas, qual você usa? Tem algo a acrescentar a este artigo?
Compartilha com a gente. Comente, mande suas sugestões, críticas ou o que mais for e nos ajude a tornar este blog cada dia maior.
Abraços e até o próximo artigo!
Quantas estrelas este artigo merece?
Zildjian vs Sabian. Conheça a historia das duas marcas e onde elas se cruzam,
Olá rapaziada, tudo bem com todos? então vamos lá, não vamos discutir qual marca é a melhor, o que é bo pra mim, pode não ser pra meu amigo baterista. eu tenho 50 anos e toco bateria a 45 anos, uso e sou fã das baterias PEARL, uso pratos, SABIAN, ZILDJIAN e PAISTE. eu sei que existem varias outras marcas como, ANATOLLIAM, BOSPHORUS, CAMBER, WHUM, CHANG entre tantos outros, não menosprezo nenhum e nenhuma marca, todas são boas, até tampa de panelas servem como prato e quando se amplifica e as equalizam ai a perfeição é demais. a historia eu já conhecia e foi muito bacana, algumas pessoas aprenderam um pouco sobre as duas marcas citadas .um grande abraço a todos e vamos estudar e tocar bateria que é o que nos interessa não é a verdade? fiquem com DEUS.
A verdade é que ambos são muito bons! Tenho um hi hat Sabian B8 (uma série de entrada) e um ride “A Custom” da Zildjian. São ótimos! O timbre deles são muitos fortes e presentes.
Muito bacana. Como professor de história gosto muito de saber a trajetória de nomes importantes da história, neste caso da música.
Felipe…então a linha “K” ficou com a Sabian, ja que Robert Ficou com a produção desta linha. E isso mesmo?
Isso mesmo Eder
Se eu ao menos tivesse condições de ter um prato de uma dessas marcas, seria bom demais!!! Espero um dia ter, pois não tenho condições de comprar um prato sequer de uma dessas marcas!
Ola eu gostaria de saber se a zildian usa alem do bronze,usa ouro nos pratos não sei se é mito mas os pratos da Zildian sam muito caros ,eu uso Krest fusion B8 SÃO BONS pra caramba
Cara, já tive pratos de várias marcas e linhas… gosto muito da Paiste. Claro isso é particularidade minha, gosto da sonoridade cristalina do Pasite 2002 .
Muito legal o artigo. Acho que essa discussão de qual a melhor marca de pratos é a mesma coisa de discutir qual o melhor time de futebol, melhor banda, melhor músico…eu sempre digo isso aos amigos que me perguntam sobre quais pratos comprar: é uma questão de gosto!!! Escolha o que lhe agradar mais! Eu gosto mais dos pratos Sabian, não sei explicar exatamente o porquê, mas eu acho que a Zildjian tem pratos mais clássicos, é uma empresa mais tradicionalista. A Sabian já faz pratos mais modernos, tem muitas opções de sons diferenciados e também pratos com “sonoridades mais tradicionais”. Enfim, tem muitas marcas de pratos interessantes e pra mim, você pode usar prato de latão em seu kit e acabar por encaixar perfeitamente numa música!!! Vai da criatividade do cara…Hermeto Pascoal faz batuque numa mesa e vira música!!! Bora usar a criatividade e deixar pra lá tanta discussão inútil!!!
bom Felipe, parabéns e obrigado por contar um pouco sobre essa historia
tão interessante para nos bateristas, é sempre bom saber como tudo começou.
mas tenho uma pergunta.. sobre chimbal, na polegada de 14 qual serie Zildjian é melhor na sua
opinião pra tocar de um pop rock a um rock com mais pegada! (sendo que aquele som de tsss tsss é sempre bem vindo) desde já obrigado! abraço…
Fala Elienai, obrigado pelo seu comentário.
Eu não uso Zildjian, daí não sei qual série te indicar, mas sugiro uma pesquisada no Youtube, lá sempre tem vídeos de grandes bateras fazendo reviews e apresentações dos kits. Acho que pode te ajudar. Um abraço.
EXCELENTE artigo meu amigo. Muito bom mesmo todos estes detalhes.
Mas gostaria de acrescentar algo bem no meio de toda essa história, ou mais uma fábrica de pratos… a lendária ISTANBUL.
Trocando em miúdos, sem muitos detalhes e datas é o seguinte.
Quando a Zildjian ainda fazia pratos martelados à mão na Turquia, havia um rapazinho que trabalhou na fábrica deles desde seus 8 anos de idade, de nome Mehmet Tandeger.
Ele cresceu, se tornou o artesão chefe de sua fábrica e aprendeu todos os grandes segredos da centenária liga da Zildjian, assim como toda a arte do martelamento manual de pratos com Mikael Zildjian.
Quando a Zildjian decidiu se mudar para os EUA, industrializando assim toda sua produção para fabricação em massa de pratos, Mehmet se negou a ir embora com eles, pois sabia que com isso a arte de fabricação de pratos martelados à mão também morreria. Decidiu ficar na Turquia e abrir sua própria fábrica, a ISTANBUL, junto com seu sócio, o AGOP, dando continuidade à fabricação de pratos martelados à mão e gerando também fábricas filhas, que no caso são as demais marcas que são conhecidas no mercado hoje em dia como pratos turcos martelados à mão, todas filhas da Istanbul.
E um detalhe importante que muitos não sabem ainda nessa história, é de uma dessas fábricas filhas… O sócio de Mehmet, o SR. AGOP morreu, e sua família legalmente decidiu fazer um racha da fábrica, assim como ocorreu entre os irmãos Zildjian. Mas dessa vez ocorreu uma certa confusão, pois os familiares de AGOP não abriram mão do nome ISTANBUL. Sendo assim, a partir desse momento de separação passaram a existir 2 fábricas com o mesmo nome, ISTANBUL, sendo que para diferenciar uma da outra cada fábrica usa como uma espécie de sobrenome o nome do respectivo sócio. Ficando então a fábrica original a se chamar ISTANBUL MEHMET e a fábrica que se separou ISTANBUL AGOP.
MEHMET TANDEGER inclusive ainda está vivo, e trabalhando ativamente em sua fábrica na Turquia nos dias de hoje. É uma lenda viva literalmente!!! E mais um detalhe bacana é que muitos dos pratos que saem de sua fábrica ainda hoje, como os da linha TRADITIONAL ele assina à caneta um por um na parte de baixo da cúpula. Imaginem quando ele morrer que preciosidades serão este pratos assinados, além é claro da sonoridade indiscutível destes pratos mais do que especiais.
Como dizem até hoje lá na fábrica da ISTANBUL MEHMET, máquinas não têm ouvidos, artesãos tem!
Ótimo comentário Daniel, acrescentou e muito.
Não conhecia a história da Istanbul e nem sabia que era tão antiga.
Um abraço.
Lucas, ja toquei tanto com Krest como Paiste, mas como o Felipe disse, depende da série também, mas na minha opinião o da Paiste é melhor!
O melhor a se fazer é testar os 2 e ver qual som te agrada mais, e encaixa melhor no se estilo de música.
Cara, qual o melhor ? Krest ou Paiste ? Tenho um China 18″ NSeries da Krest e um amigo que fazer jogo no China Paiste 18″ dele…o que acha ?!
Lucas, nunca usei pratos Krest e sinceramente não conheço as linhas, quais são boas e não.
Já a Paiste, sei que é uma ótima marca e com certeza uma das melhores, dependendo da série, pode valer mais que qualquer outro prato.
Acho que sua escolha vai do gosto mesmo, do som que você mais gostar.
cara! Paiste é umamarca internacional, ja a Krest é nacional. A qualidade dos pratos da Paiste são bem melhores do que os da Krest. O que pode influenciar é o modelo dos pratos a serem trocados…
Ola amigo eu tenho pratos Harp e Krest afirmo pra você os pratos Krest são de ictiúltima ,qualidade pois , todos os pratos da Krest são mano faturados ou seja ,são feitos todos a mão .estes pratos Krest não de vem nada pra Zildiam Sabiam ou outra marca que seja ,tive o privilegio,de conhecer,o dono da Krest ,e ele já trabalhou com a familia, Zildiam , agora mora no brasil ,ele tem experiencia,e sabe construir pratos de qualidade.