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Whiplash! Música ou competição?

Alguém ainda não assistiu o filme Whiplash?

Se tu não assistiu, pode ser interessante que tu pare de ler esse texto agora mesmo e veja o filme. Depois, volta aqui.

Enfim, Whiplash.

O filme tão esperado, que conta a história de um baterista que estuda no melhor conservatório para bateristas de jazz dos Estados unidos (de acordo com o filme) e suas aventuras em busca de se tornar um ícone do instrumento.

Quem gostou do filme? Quem não gostou? Quais as suas razões, tanto para gostar como para não gostar? Comentem aí embaixo!

Eu gostei e não gostei.

Gostei se penso no filme como entretenimento. Obviamente é um filme com orçamento bem alto. Por conseqüência, a qualidade técnica é muito boa. Boa fotografia, bom áudio, bons atores, roteiro interessante… E a trilha sonora é muito boa!

Falando sobre a trilha sonora, acho super interessante que, em um filme “main stream” como esse, tenham feito muitas referências ao grande Buddy Rich. É provável que muitos bateristas iniciantes venham a conhecer Buddy Rich e comecem a se interessar pela linguagem mais tradicional da bateria por causa desse filme, e só por isso acho que o filme já é super importante.

Wiplash

Acho bacana também a importância que os personagens dão para a disciplina ao estudar musica. A grande maioria das pessoas que tocam algum instrumento fazem por puro prazer, mas em muitos casos essas pessoas também buscam entrar em um mercado profissional, viver disso. Quando isso se torna um objetivo, os costumes da pessoa em relação ao seu instrumento precisam mudar. É preciso estudar de verdade, dedicar muitas horas por dia ao seu instrumento. É preciso compreender a música como profissão, como carreira, e ter a mesma dedicação a essa carreira como tem um estudante de direito, por exemplo. Precisa levar a sério.

Só que, ao meu ver, nesse ponto o filme exagera bastante.

Whiplash é sobre um baterista, mas poderia perfeitamente ser sobre um jogador de futebol, ou um boxeador, ou qualquer outro tipo de personagem que tem como objetivo principal a competição. Típica história americana.

O protagonista passa quase todo o tempo tocando e estudando bateria, mas ele nunca está feliz. Nunca se sente bem. Pelo contrário, ele tá todo o tempo lutando contra a bateria, chegando ao extremo de tirar sangue da mão em tamanha quantidade que a cena poderia fazer parte de um filme do Tarantino.

Wiplash

Não bastasse isso, a relação dele com a bateria faz com que ele termine o relacionamento com sua namorada… e todo mundo sabe que nós homens, quando começamos a tocar um instrumento, temos como objetivo principal conquistar namoradas!!! (brincadeira…. ou não?? 😉 )

E se falarmos sobre a cena onde o cara se acidenta de carro, capota não sei quantas vezes, sai do carro capotado pela janela, sangrando, e vai pro show tentar tocar… comédia. Não pude parar de rir nesse momento.

 

 

Outro ponto importante é o personagem do professor. Se um professor atira uma cadeira na minha cabeça, ele não sai vivo da sala. E isso que não sou uma pessoa violenta.

Um bom professor não utiliza o medo, não trata seus alunos como inferiores. Pelo contrário, o bom professor tem que ajudar o aluno a vencer seus medos, tratando o aluno de igual para igual, ajudando ele a crescer e a se sentir seguro. O bom professor sabe que, para ter o respeito de seus alunos, o primeiro passo é saber respeitá-los.

Musica é arte, é prazer, é sentir-se bem. Musica não é, nunca foi nem nunca vai ser competição. Quem pensa que é, tá muito equivocado.

Ainda assim, recomendo que vejam o filme. Nem que seja para poder criticar depois.

Abaixo segue o trailer.

 

1000 play alongs de bateria

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20 Comentários
  1. 13 de junho de 2017
  2. 3 de julho de 2016
  3. 4 de maio de 2016
  4. 27 de agosto de 2015
  5. 20 de abril de 2015
    • 20 de abril de 2015
  6. 14 de abril de 2015
  7. 3 de abril de 2015
  8. 31 de março de 2015
  9. 30 de março de 2015
    • 30 de março de 2015
  10. 30 de março de 2015
    • 30 de março de 2015
  11. 26 de março de 2015
    • 26 de março de 2015
      • 30 de março de 2015

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